Exportações de milho em junho atingem 1,03 toneladas e superam o mês de maio
Dados são do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
|Estudo atribui este movimento aos prêmios de exportação que estão subindo rapidamente no mercado brasileiro, com valores maiores previstos para o final do ano
As exportações de milho no mês de junho atingiram 1,03 milhão de toneladas contra o observado em maio (um montante de 0,38 milhão de toneladas) e acima do ocorrido no mesmo período do ano passado (0,99 milhão de toneladas), fruto da ocorrência de negociações antecipadas. Os dados são do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O estudo atribui este movimento aos prêmios de exportação que estão subindo rapidamente no mercado brasileiro, com valores maiores previstos para o final do ano, em razão do atraso na colheita sul-americana e também por conta das chuvas das últimas semanas. Estima-se que a atual colheita da segunda safra do milho paraguaio será a mais atrasada em onze anos.
Os portos do Arco Norte continuam apresentando incrementos na participação das vendas externas, em relação aos demais portos do país, atingindo, em junho/23, 37,1% da movimentação nacional, contra 28,5% no mesmo período do ano anterior.
Na sequência, o porto de Santos com 24% da movimentação total, contra 31,5% no mesmo período do exercício passado; no porto de Paranaguá 19,1% contra 27,4% do ano passado, enquanto pelo porto de São Francisco do Sul foram registrados 9,6% dos volumes embarcados, contra 3,9% em igual período do exercício anterior. Os estados que mais atuaram nas vendas para exportação foram: MT, PR, MS e GO.
E a soja?
Já para a soja, a produção brasileira recorde estimada pela Conab em 154,6 milhões de toneladas, 23,1% ou 29 milhões de toneladas acima do ocorrido no exercício anterior. Nesta safra as lavouras foram ainda prejudicadas pela estiagem durante o desenvolvimento da cultura no Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor brasileiro.
Destaques para o Mato Grosso, maior produtor do país, com 45,6 milhões de toneladas e a Bahia, com a maior produtividade alcançada - 4.020 kg/há -, resultado do bom pacote tecnológico utilizado e das boas condições climáticas ao longo do desenvolvimento vegetativo.