Quais são as principais pragas da soja na fase de semeadura?
Fundação MT sugere controle pré-plantio sobre lagartas, corós, percevejos e cascudinho, entre outras
|Lucia Vivan, doutora em Entomologia e pesquisadora da Fundação MT, sugere o controle pré-plantio. (foto - Fundação MT)
O plantio de soja para a safra 2023/2024 começou em diversas regiões do país com o fim do vazio sanitário, mas, ainda assim, é preciso atenção redobrada sobre pragas de solo.
Segundo a Fundação Mato Grosso, tais animais podem estar presentes no momento da semeadura e causar prejuízos com o consumo de sementes, raízes e plântulas, sucção de seiva e introdução de patógenos nos cultivos de soja.
Deste modo, eles geram expressiva redução no estande e vigor das plantas que causam reflexos na produtividade de todo o ciclo.
Assim, o período de semeadura e a fase de emergência das plantas são cruciais para o desenvolvimento da safra e exigem muitos cuidados, entre eles o controle de pragas e doenças.
Quais são as principais pragas da soja na fase de pré-plantio e semeadura?
Em Mato Grosso, é importante que os produtores rurais fiquem atentos à incidência, principalmente, das seguintes pragas:
- corós (Coleoptera, Melolonthidae)
- percevejo castanho-da-raiz (Scaptocoris castanea e S. carvalhoi),
- lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus),
- Spodoptera frugiperda
- coleópteros como o cascudinho (Myochrous armatus),
- espécies desfolhadoras (Diabrotica speciosa / Cerotoma arcuata / Megascelis sp e Maecolaspis sp).
Lucia Vivan, doutora em Entomologia e pesquisadora da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), orienta que para corós e percevejo castanho-da-raiz é importante ter o histórico das áreas.
Isso porque esses insetos se mantêm nelas e podem abranger áreas maiores no decorrer dos anos. O mesmo tem sido observado para o cascudinho, espécie com população e abrangência de ocorrência cada vez maior.
Para a lagarta elasmo, a especialista explica que a população presente na área está relacionada à cultura na entressafra, sendo que essa espécie apresenta grande número de plantas hospedeiras.
No entanto, de forma geral, áreas com tigueras de milho, milheto e gramíneas podem ter populações altas e lagartas residentes. “Estas terão o hábito de lagarta-rosca, causando corte de plantas na emergência”, pontua.