Quais são as principais pragas da soja na fase de semeadura?

Fundação MT sugere controle pré-plantio sobre lagartas, corós, percevejos e cascudinho, entre outras

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Lucia Vivan, doutora em Entomologia e pesquisadora da Fundação MT, sugere o controle pré-plantio. (foto - Fundação MT)

Lucia Vivan, doutora em Entomologia e pesquisadora da Fundação MT, sugere o controle pré-plantio. (foto - Fundação MT)

27deSetembrode2023ás11:59

O plantio de soja para a safra 2023/2024 começou em diversas regiões do país com o fim do vazio sanitário, mas, ainda assim, é preciso atenção redobrada sobre pragas de solo.

Segundo a Fundação Mato Grosso, tais animais podem estar presentes no momento da semeadura e causar prejuízos com o consumo de sementes, raízes e plântulas, sucção de seiva e introdução de patógenos nos cultivos de soja.

Deste modo, eles geram expressiva redução no estande e vigor das plantas que causam reflexos na produtividade de todo o ciclo.

Assim, o período de semeadura e a fase de emergência das plantas são cruciais para o desenvolvimento da safra e exigem muitos cuidados, entre eles o controle de pragas e doenças.

Quais são as principais pragas da soja na fase de pré-plantio e semeadura?

Em Mato Grosso, é importante que os produtores rurais fiquem atentos à incidência, principalmente, das seguintes pragas:

  • corós (Coleoptera, Melolonthidae)
  • percevejo castanho-da-raiz (Scaptocoris castanea e S. carvalhoi),
  • lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus),
  • Spodoptera frugiperda
  • coleópteros como o cascudinho (Myochrous armatus), 
  • espécies desfolhadoras (Diabrotica speciosa / Cerotoma arcuata / Megascelis sp e Maecolaspis sp).

Lucia Vivan, doutora em Entomologia e pesquisadora da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), orienta que para corós e percevejo castanho-da-raiz é importante ter o histórico das áreas.

Isso porque esses insetos se mantêm nelas e podem abranger áreas maiores no decorrer dos anos. O mesmo tem sido observado para o cascudinho, espécie com população e abrangência de ocorrência cada vez maior.

Para a lagarta elasmo, a especialista explica que a população presente na área está relacionada à cultura na entressafra, sendo que essa espécie apresenta grande número de plantas hospedeiras.

No entanto, de forma geral, áreas com tigueras de milho, milheto e gramíneas podem ter populações altas e lagartas residentes. “Estas terão o hábito de lagarta-rosca, causando corte de plantas na emergência”, pontua.