Fotossíntese artificial é 18 vezes mais eficiente que processo natural
Processo poderia potencializar a produção agrícola e, até mesmo, dispensar a luz do sol
Fotossíntese artificial é um processo químico que reproduz o processo natural para converter luz solar, água e dióxido de carbono em carboidratos e oxigênio
A fotossíntese é indispensável e, talvez, a principal causa para a vida na Terra, mas isso não quer dizer que ela não possa ser melhorada ou até mesmo prescindir da luz do sol.
Cientistas de diferentes de diferentes países criaram processos de “fotossíntese artificial” até 18 vezes mais eficientes do que os realizados pelas plantas naturalmente, aumentando da produtividade agrícola.
“A bem da verdade, pesquisas na área não são novidade. Lembro-me de haver coordenado um simpósio entre cientistas do Brasil e da Finlândia, há mais de uma década, onde uma das propostas era justamente o estudo de fotossíntese artificial”, diz Décio Luiz Gazzoni, pesquisador da Embrapa Soja.
Segundo ele, a fotossíntese é o que permite a vida na Terra após uma evolução talvez única no universo que durou milhões de anos para transformar água, dióxido de carbono e energia solar em biomassa.
“Contudo, a fotossíntese é um processo ineficiente, pois cerca de 1% da energia incidente é efetivamente acumulada nos fotoassimilados”, explica o especialista que é membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS).
Por isso, a fotossíntese artificial é um processo químico que reproduz o processo natural para converter luz solar, água e dióxido de carbono em carboidratos e oxigênio. “O termo é usado para se referir a qualquer esquema para capturar e armazenar a energia da luz solar em substâncias químicas”, conta.