Produção de cana-de-açúcar será recorde em 2023/24, projeta Conab

Condições climáticas e os investimentos do setor refletiram em um aumento na produtividade

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Safra recorde aponta um crescimento de 10,9% em comparação ao ciclo anterior. (Foto - Embrapa)

Safra recorde aponta um crescimento de 10,9% em comparação ao ciclo anterior. (Foto - Embrapa)

29deNovembrode2023ás12:17

O Brasil deve ter na safra 2023/24 da cana-de-açúcar um recorde de 677,6 milhões de toneladas. Os dados são do 3º Levantamento da Safra 2023/24 da cultura, divulgado hoje (dia 29) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que ressaltou que as condições climáticas e os investimentos do setor sucroalcooleiro refletiram em um aumento de produtividade.

A safra recorde aponta um crescimento de 10,9% em comparação ao ciclo anterior

O bom resultado esperado é influenciado tanto pelo melhor rendimento das lavouras, estimado em 81.129 quilos por hectares, como pela maior área destinada ao cultivo da cultura, prevista em aproximadamente 8,35 milhões de hectares.

“Apesar do início da colheita ter sido atrasado devido às chuvas constantes, até mesmo gerando reflexos na programação das unidades de produção, a moagem alcançou pouco mais de 90% na região Centro-Sul. Já no Nordeste, que possui um calendário que se estende até abril, a colheita ainda é incipiente nos principais estados produtores”, disse o gerente de Acompanhamento de Safras da Companhia, Fabiano Vasconcellos.

Regiões

O Sudeste, principal região produtora de cana do país,  deverá aumentar o volume colhido em 12,2%, quando comparada à safra anterior, totalizando 434,98 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. A área apresenta uma leve redução, mesmo com os investimentos para a renovação das lavouras. Por outro lado, a produtividade média deverá aumentar, passando de 75.629 quilos por hectares para 85.046 kg/ha.

Em São Paulo, estado que registra maior volume a ser colhido, o início da safra foi marcado por chuvas intensas e consecutivas que trouxeram excelentes condições para as lavouras de cana-de-açúcar, promovendo o aumento do desenvolvimento vegetativo.

A partir do segundo semestre, houve a ausência hídrica, acelerando a colheita. No entanto, esse cenário tem se modificado e as chuvas que caem frequentemente vêm atrapalhando o processamento junto às unidades de produção, obrigando-as a parar seguidamente, fato que deve postergar ainda mais a moagem, que se estenderá até meados de dezembro, em alguns casos, seguir até janeiro” pondera Vasconcellos.