Coreia do Sul aprova projeto que proíbe consumo de carne de cachorro

Texto aprovado pelo Parlamento prevê proibição total a partir de 2027

|
Durante a votação, ativistas dos direitos dos animais seguraram cartazes em apoio ao projeto. (Foto - Jung Yeon-Je)

Durante a votação, ativistas dos direitos dos animais seguraram cartazes em apoio ao projeto. (Foto - Jung Yeon-Je)

09deJaneirode2024ás14:28

O parlamento da Coreia do Sul aprovou hoje (dia 9), por unanimidade, um projeto de lei que proíbe o consumo de carne de cachorro, prática tradicional no país.

A Assembleia Nacional do país aprovou o projeto com 208 votos a favor e nenhum contra. A nova regra deve começar a valer apenas a partir de 2027.

A proposta se transformará em lei depois de ser aprovada pelo Conselho de Ministros e ratificado pelo presidente, Yonn Suk Yel. O governo apoia a proibição.

Criadores de cães já disseram que planejam entrar com uma apelação constitucional e lançar manifestações de protesto.

A lei aprovada hoje proibirá a distribuição e venda de produtos alimentares elaborados ou processados ​​com ingredientes caninos a partir de 2027.

No entanto, os clientes que consomem carne de cão ou produtos relacionados não estarão sujeitos a punição – o que significa que a lei visaria em grande parte aqueles que trabalham na indústria, como criadores ou vendedores de cães.

Segundo o projeto, qualquer pessoa que abata um cachorro para comer pode ser punida com até três anos de prisão ou multada em até 30 milhões de won coreanos (cerca de US$ 23 mil, aproximadamente R$ 112 mil).

Qualquer pessoa que crie cães para comer, ou que conscientemente adquira, transporte, armazene ou venda alimentos feitos de cães, também enfrenta multa menor e pena de prisão.


Forte resistência

Os esforços para proibir o consumo de carne de cão tinham enfrentado forte resistência por parte do setor de pecuária. A carne de cão é um alimento popular na Coreia do Sul, com estimativas de até um milhão de animais consumidos por ano.