Cultivar de arroz da Embrapa dobra área plantada em GO e produtividade cresce 175%

BRS A502 já está presente em todas as regiões doestado

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Inserção da cultura sob pivô elevou de 3 mil, para 15 mil ha a área plantada. (Foto - Sebastião Araújo/Embrapa)

Inserção da cultura sob pivô elevou de 3 mil, para 15 mil ha a área plantada. (Foto - Sebastião Araújo/Embrapa)

05deFevereirode2024ás15:37

Lançada pela Embrapa Arroz e Feijão em 2020, a BRS A502, variedade de arroz para terras altas, vem impactando o mapa da produção de arroz no Cerrado no Brasil.

Em Goiás, segundo números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e levantamentos feitos pela Embrapa, a inserção da cultura sob pivô elevou de 3 mil, para 15 mil ha a área plantada, igualando ao arroz irrigado em espaço e produtividade.

A BRS A502 já está presente em todas as regiões do Estado de Goiás, de Cristalina, Água Fria e Luziânia, no Leste, a Jussara e Montes Claros, no Oeste; de Itumbiara, Rio Verde e Morrinhos, no Sul/Sudoeste, a Nova Crixás e São Miguel do Araguaia, no Norte/Noroeste.

A opção por inserir o arroz em sistemas sustentáveis sob pivô central já é uma realidade para os agricultores goianos, apresentando resultados que, até há bem pouco tempo, poderiam ser considerados surpreendentes.

Na Fazenda Paineiras, por exemplo, no Município de Campo Alegre de Goiás, Sudeste do Estado, a colheita foi concluída em 15 de janeiro, atingindo, em média, 148,3 sc/ha.

“Isso é um feito histórico! Nós nunca havíamos percebido uma produtividade tão alta com arroz de sequeiro aqui em Goiás”, afirma Adriano Castro, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão.

Fatores para o sucesso

Para ele, esse sucesso deve-se a alguns fatores, entre eles: o cuidado com o manejo; o esquema correto de rotação de culturas, que propiciou ambiente ideal; e a escolha da melhor cultivar.

“Essa soma permitiu que se chegasse a níveis tão bons, no que diz respeito ao potencial produtivo”, diz Adriano.