Agricultura regenerativa obtém 22% mais sacas de soja que "talhão ao lado"
Manejo mostrou resultados inclusive em situação estresse climático por falta de chuvas e calor extremo
Técnicas avançadas de agricultura regenerativas geram benefícios em oferta de nutrientes e água para as plantas. (foto - Bayer)
A produtora Vanessa Bomm decidiu testar o conceito de agricultura regenerativa na prática e de forma sistemática na produção de soja há dois anos e, nesta temporada, começou a colher os resultados.
Em sua propriedade em Terra Roxa (PR), ela dedicou um talhão de 30 hectares com tais práticas e manteve outras áreas com manejo convencional com objetivo de justamente compará-los sob “condições iguais”.
Ao final dessa safra, a porção “regenerativa” alcançou 22% mais sacas por hectare do que aquelas sem os novos tipos de manejo. O resultado demonstrou, inclusive, o potencial da agricultura regenerativa em condições adversas, já que a região sofreu com falta de chuva.
“Meu pai já praticava alguns dos manejos que fazem parte da agricultura regenerativa, como o plantio direto e rotação de culturas, mas ampliamos com outras práticas nos últimos dois anos”, conta a produtora.
A área de teste, segundo a produtora, usou a rotação de culturas com trigo e soja no primeiro ano e braquiária e soja na segunda temporada. “A gente preferiu fazer uma rotação para ver o poder da planta de cobertura e ficamos impressionados sobre como a palhada e as raízes favoreceram o solo”, conta.
Vanessa explica que o solo pode preservar mais umidade e favorecer o desenvolvimento das raízes da soja dada uma cobertura de palhada mais preparada. Assim, enquanto a soja evoluía com vigor no talhão “regenerativo”, o mesmo não era observado logo ao lado.