“Temos o desafio de repensar o Ibama”, diz presidente da autarquia
Nos 35 anos de fundação, ele cobra valorização dos servidores e aporte orçamentário
|Para presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, autarquia enfrenta desafios de reestruturação. (Foto - Lula Marques/Ag. Brasil)
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) chegou ontem aos 35 anos. Para o presidente da autarquia, Rodrigo Agostinho, os desafios apontados para o Ibama no seu aniversário passam pela necessidade de valorização dos servidores e aporte orçamentário. Segundo ele, é o momento de repensar o Ibama.
Atuando na linha de frente do combate aos crimes ambientais, o Ibama chegou a data histórica em meio a conquistas e desafios de restruturação após passar por uma tentativa de desmonte no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O órgão é apontado como um dos principais responsáveis pela queda de 50% no desmatamento da Amazônia Legal em 2023, em comparação com 2022, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Desafios: Servidores e orçamento
Segundo Rodrigo Agostinho, o Ibama é uma instituição que chegou a ter mais de seis mil servidores no passado.
“Hoje, tem pouco mais de 2,5 mil e perderemos para a aposentadoria, dentro de três anos, cerca de mil servidores. Temos o desafio de repensar o Ibama. Se a gente não tiver a valorização, a gente não vai conseguir manter o nosso quadro", disse Agostinho durante sessão solene da Câmara dos Deputados, realizada terça-feira (dia 20) para celebrar os 35 anos do Ibama.
"Temos um grande desafio nessa casa de leis e na casa vizinha do Senado que é estar presente no debate e na discussão do orçamento para assegurar as condições necessárias para que a gente possa trabalhar”, completou.
Missão
Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o Ibama tem como missão, além de monitoramento e controle da qualidade ambiental, executar as políticas nacionais ligadas à fiscalização do uso sustentável dos recursos naturais.
Ao longo dessas mais de três décadas, a autarquia, fundada em 1989 após a fusão de quatro extintos órgãos, ocupou lugar estratégico no controle e monitoramento ambientais, no licenciamento ambiental federal e na proteção da biodiversidade.