Indígenas e agricultores familiares protestam contra construção da Ferrogrão

Ferrovia atenderá o escoamento do agro para porto no Pará

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Manifestantes realizaram também um julgamento simbólico da Ferrogrão, voltada para exportação de grãos do agro

Manifestantes realizaram também um julgamento simbólico da Ferrogrão, voltada para exportação de grãos do agro

05deMarçode2024ás10:26

Indígenas dos povos Munduruku, Kayapó, Panará, Xavante, do Tapajós, ribeirinhos e agricultores familiares realizaram ontem (dia 4), em Santarém, no Pará, um protesto contra a construção da Ferrogrão.

Com 933 quilômetros (km) de extensão, a ferrovia ligará Sinop, em Mato Grosso, ao porto paraense de Miritituba. O projeto prevê passagens por áreas de preservação permanente e terras indígenas, onde vivem aproximadamente 2,6 mil pessoas.

“Os parentes denunciaram a ausência de Consulta Prévia Livre e Informada, a fragilidade dos estudos de impacto e os riscos socioambientais da ferrovia”, postou a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira na rede social X.

“Em frente ao Porto da Cargill, em Santarém (PA), os povos fortaleceram sua posição de resistência aos projetos de logística que atingem territórios e ameaçam a vida. Trilho de destruição: Ferrogrão NÃO!, protesta a organização.