Entenda como o arroz de terras altas pode ajudar no abastecimento do Brasil
Cultivar vem sendo incorporado a áreas de rotação de culturas irrigadas sob pivô central no Cerrado
|O arroz de terras altas vem sendo incorporado a áreas de rotação de culturas irrigadas sob pivô central no Cerrado brasileiro. Propriedades rurais de Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal inseriram a BRS A502 em ambientes de cultivo intensivo e integrado com outras culturas.
Lançada em 2020, a cultivar da Embrapa BRS A502 abriu caminho para que o arroz de terras altas pudesse ser inserido em ambientes de cultivo intensivo e integrado com outras culturas.
Essa expansão do cereal permite abastecer melhor o mercado nacional, que atualmente é suprido majoritariamente pelas riziculturas da Região Sul, de onde se colhe 80% do arroz nacional.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa de produção de arroz no Brasil para a safra 2023/2024 é de 10,5 milhões de toneladas.
A Região Sul é a única localidade autossuficiente do País, cujo excedente é comercializado para outros estados. O arroz de terras altas produzido sob pivô central é encarado como uma alternativa complementar ao abastecimento interno do Brasil, podendo atuar como regulador de preços e fornecedor de matéria-prima para indústrias locais com redução do frete, segundo a Embrapa.
Também pode permitir a aproximação da produção e de localidades consumidoras, além de ajudar a constituir uma base de segurança alimentar à população.
Características próprias
De acordo com o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão (GO), Adriano Castro, a BRS A502 possui características que estão contribuindo para a sua inserção em rotação de culturas.
Castro conta que a pesquisa em melhoramento genético de arroz tem investido no sistema de cultivo em terras altas.