Entenda como o arroz de terras altas pode ajudar no abastecimento do Brasil

Cultivar vem sendo incorporado a áreas de rotação de culturas irrigadas sob pivô central no Cerrado

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Entenda como o arroz de terras altas pode ajudar no abastecimento do Brasil
05deMarçode2024ás11:11

O arroz de terras altas vem sendo incorporado a áreas de rotação de culturas irrigadas sob pivô central no Cerrado brasileiro. Propriedades rurais de Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal inseriram a BRS A502 em ambientes de cultivo intensivo e integrado com outras culturas.

Lançada em 2020, a cultivar da Embrapa BRS A502 abriu caminho para que o arroz de terras altas pudesse ser inserido em ambientes de cultivo intensivo e integrado com outras culturas.

Essa expansão do cereal permite abastecer melhor o mercado nacional, que atualmente é suprido majoritariamente pelas riziculturas da Região Sul, de onde se colhe 80% do arroz nacional.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa de produção de arroz no Brasil para a safra 2023/2024 é de 10,5 milhões de toneladas.

A Região Sul é a única localidade autossuficiente do País, cujo excedente é comercializado para outros estados. O arroz de terras altas produzido sob pivô central é encarado como uma alternativa complementar ao abastecimento interno do Brasil, podendo atuar como regulador de preços e fornecedor de matéria-prima para indústrias locais com redução do frete, segundo a Embrapa.

Também pode permitir a aproximação da produção e de localidades consumidoras, além de ajudar a constituir uma base de segurança alimentar à população.

 

Características próprias

De acordo com o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão (GO),  Adriano Castro, a BRS A502 possui características que estão contribuindo para a sua inserção em rotação de culturas.

Castro conta que a pesquisa em melhoramento genético de arroz tem investido no sistema de cultivo em terras altas.