Setor produtivo e Mapa concordam em rastrear todos os bovinos do Brasil
Meta do governo é alcançar até 50% do rebanho até 2026
|O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o setor produtivo avançam em conjunto para uma política pública nacional de rastreabilidade para o rebanho bovino brasileiro.
A meta do governo é alcançar entre 30% e 50% do plantel nacional até 2026. Atualmente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o contingente é estimado em cerca 234 milhões de cabeças.
O tema é fundamental para a sustentabilidade da cadeia de produção de carne para atender à crescente demanda de países como China e Rússia, bem como às exigências ambientais como a Lei Antidesmatamento da União Europeia.
A proposta do setor produtivo foi colocada na mesa do Mapa ontem (dia 20) e recebida por Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária (DAS) como um avanço significativo em prol da pecuária sustentável no Brasil.
“O ideal é termos, pelo menos, de 30% a 50% do rebanho em algum estágio de implementação de rastreabilidade até 2026, quando devemos ser reconhecidos como livres de aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal”, disse Goulart ao Valor Econômico.
João Schimansky Netto, presidente da Mesa Brasileira, que reúne diversas entidades, informou que a intenção é apoiar as iniciativas do governo no caminho da implementação da rastreabilidade em todo o rebanho brasileiro.
“Visamos desmistificar as barreiras existentes e apresentar formas de juntos viabilizar a implantação de forma mais democrática e fácil acesso aos produtores”, comentou.