CNA incentiva estados a se mobilizarem contra a importação de leite

Diante dos efeitos danosos aos produtores de leite, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) orientou que cada estado brasileiro se mobilize, junto com outras entidades do setor lácteo, contra o aumento do volume de importação do produto subsidiado, principalmente da Argentina.

A recomendação veio do vice-presidente da CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner. “É muito importante que cada estado tome uma iniciativa para reduzir a compra do leite de outros países”, disse.

A Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA se reuniu ontem (dia 3) e discutiu as medidas adotadas pelas federações estaduais para mitigar os efeitos das importações de leite. A ordem é clara: seguir os exemplos de alguns estados que já começaram a reagir contra isso.

O estado de Goiás foi um dos estados que tomou medidas, com alteração na legislação e assinatura de instruções normativas que retiram benefícios fiscais para agentes importadores de leite e derivados.

Com a norma anunciada, os incentivos valerão apenas para operações com o produto nacional, valendo para diversos segmentos, sejam indústrias, traders, atacadistas ou varejistas.

“Em Goiás, as indústrias que quiserem importar terão que pagar imposto. Dessa forma, estamos priorizando a matéria-prima local e o trabalho dos produtores brasileiros”, disse José Mário Schreiner.

Minas Grita Leite

Já a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e o governo do estado assinaram o manifesto “Minas Grita pelo Leite”, para apoiar os produtores na atividade.