Paixão pelo café atravessa gerações e transforma vida de produtora de MG

Safra mineira deve alcançar 29,2 milhões de sacas neste ano

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Paixão pelo café atravessa gerações e transforma vida de produtora de MG
12deAbrilde2024ás12:09

O Dia Mundial do Café é celebrado no dia 14 de abril, no próximo domingo. No munícipio de Caratinga, Vale do Rio Doce em Minas Gerais, uma história que une laços familiares e paixão por café representa bem a importância deste grão.

A família de Fernanda Eloise Sá de Andrade Ribeiro é cafeicultora há pelo menos quatro gerações, com produtos de alta qualidade.

A trajetória desta produtora rural, que remonta aos tataravós, ilustra a dedicação aos cafés especiais produzidos na região das Matas de Minas, mais especificamente na microrregião de Terras Altas do Caratinga, reconhecida por um sabor naturalmente adocicado do grão.

A bisavó de Fernanda, Maria Claudina de Sá, conhecida como Maricota é quem dá nome à marca familiar. Seus pais foram os pioneiros a se estabelecerem na região, iniciando com uma pequena propriedade que, ao longo do tempo, evoluiu para uma renomada fazenda cafeeira.

“A minha bisa se casou e ficou viúva muito jovem, com um filho de um ano e oito meses. O meu avô viveu também ali na mesma terra. Com o passar do tempo, os pais dela morreram. Ela cuidou da parte que herdou e depois o meu avô comprou o restante da propriedade dos outros irmãos dela”, conta Fernanda, que hoje cuida da propriedade ao lado da mãe, Maria das Graças de Sá Chagas.

Fernanda, que é contadora, assumiu os negócios familiares há cerca de três anos. A história da família foi completamente renovada por uma reunião com técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), à qual a produtora foi convidada a participar por uma prima.

Nesse encontro, Fernanda foi impactada com uma palestra do presidente da Associação dos Produtores de Cafés Especiais das Terras Altas do Caratinga, Mauro Grossi.

"Eu que não sabia nada sobre cafés especiais e estava assumindo a propriedade da minha mãe, fiquei simplesmente encantada com o amor que ele mostrava a cada etapa de produção", relata.

 

Assistência técnica

A partir de então, Fernanda buscou o auxílio e iniciou a implementação de práticas sustentáveis e de qualidade na fazenda.

Dois anos de preparo foram necessários para obter a certificação da propriedade, concedida pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) por meio do Programa Certifica Minas Café, o que não só trouxe reconhecimento, mas uma nova visão de mercado.