“Abril Vermelho” começa com 24 invasões de terra do MST em todo o Brasil

Movimento invadiu área da Embrapa pela terceira vez

|
“Abril Vermelho” começa com 24 invasões de terra do MST em todo o Brasil
16deAbrilde2024ás09:55

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou a "A jornada de lutas Abril Vermelho” invadindo 24 áreas em 12 estados brasileiros. Os números foram confirmados pelo próprio movimento.

O grupo iniciou a ação ontem (dia 15) e seguirá até sexta-feira (dia 19) com novas invasões.

As invasões ocorreram em Sergipe, Pernambuco, São Paulo, Goiás, no Rio Grande do Norte, Paraná, Pará, Distrito Federal, Ceará, Rio de Janeiro e na Bahia.

"A jornada de lutas Abril Vermelho", organizada pelo MST, promove ações para lembrar do Massacre de Eldorado de Carajás, no Pará, em 17 de abril de 1996. Na ocasião, 21 camponeses morreram por uma operação da Polícia Militar de desocupação de terra.

Embora o movimento alegue que as invasões aconteçam em terras improdutivas e de forma pacífica, ontem se observou que não foi bem assim.

Área da Embrapa invadida pela terceira vez

Integrantes do movimento invadiram ontem (dia 15) duas áreas da Empresa  Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Petrolina, no interior pernambucano. É a terceira vez que o MST invade o local.

Uma das áreas ocupadas pelo movimento, de acordo com a Embrapa, faz parte do Campo Experimental de Caatinga e é destinado aos rebanhos de criação extensiva. No entanto, o MST alega que o terreno de 1,5 mil hectares é improdutivo. É a terceira vez que o MST ocupa uma área da Embrapa Seminário, unidade com sede em Petrolina.

A unidade invadida pelo movimento, que a considera improdutiva, é um imóvel público Estação de Zootecnia do Extremo Sul (Essul, ligada à Ceplac), que desenvolve pesquisa com gramíneas e pastagens há mais de 40 anos.

A segunda área é da Codevasf e é utilizada pela Embrapa também em Petrolina,

Em nota, "a Embrapa reafirma seu compromisso histórico com a agricultura familiar e com a produção sustentável de alimentos, está aberta ao diálogo e adotando as medidas cabíveis para solucionar a situação".

Os invasores saíram da propriedade após negociações com o Ministério do Desenvolvimento Agrário.