Boom do etanol redesenha futuro da cadeia do milho

Novos caminhos do "grão dourado" somam soluções para transição energética e proteína animal

Boom do etanol redesenha futuro da cadeia do milho
03deJulhode2024ás01:02

Agroindústria que mais cresce no Brasil, as biorrefinarias de milho multiplicaram seu principal produto – o etanol - mais de 12 vezes entre 2017/2018 e 2023/2024.

O volume saltou de 520 milhões litros para 6,3 bilhões no período e deve ao menos dobrar mais uma vez na próxima década.

O ritmo vertiginoso tem fundamento em duas das demandas mais urgentes e cruciais da sociedade global: transição energética e sistemas alimentares sustentáveis.

Desde 2016/2017, o etanol de milho saiu praticamente do zero para abocanhar 20% do gigantesco mercado brasileiro de biocombustíveis ao somar soluções a ambos desafios e, ainda, ser produto estratégico para as principais regiões agrícolas do país.

“O mundo já consome 117 bilhões de litros de etanol ao ano e chegará a 300 bilhões até 2030, seja para veículos como também aviões com os SAF e embarcações, além da crescente demanda por proteína animal entre outros itens”, aponta Guilherme Nolasco, presidente da Associação Nacional do Etanol de Milho.

 O Agrofy News foi convidado pela UNEM para um press tour no Mato Grosso a fim de justamente conhecer melhor a cadeia do etanol de milho.  

Grão dourado

Mesmo em um ano “ruim”, a safra brasileira de milho deve ficar em 112,7 milhões de toneladas na temporada 2023/2024, volume 54,4% maior do que há 10 anos, e vai a mais.

Segundo projeções oficiais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a produção chegará a 176,9 milhões de toneladas em 2032/2033.