Rabobank: agricultor preferirá trator a robô ainda por bastante tempo
Barreiras tecnológicas, legais e culturais seguram o ritmo de adoção de maquinários autônomos
Máquinas autônomas e robôs agrícolas podem ser o padrão para a agricultura no futuro, mas o maquinário convencional ainda seguirá indispensável nas fazendas “por bastante tempo”.
Essa é a conclusão do estudo “Agtech em foco: a agricultura está caminhando lentamente em direção a máquinas autônomas” divulgado em julho pelo Rabobank, banco holandês que é referência global em análises e financiamento sobre o agro.
Segundo o RaboResearch, a indústria global de máquinas agrícolas está focada a inovar em estágios específicos do ciclo de produção e desenvolver gradualmente capacidades autônomas em todas as operações.
Aquisições e parcerias oferecem à indústria um caminho a seguir e um meio de fornecer soluções mais integradas que podem ser distribuídas efetivamente entre os agricultores.
Segundo o estudo, no entanto, alguns fatores são barreiras para uma adoção mais rápida dos robôs, apesar de já haver tecnologia desenvolvida e resultados comprovados no campo.
E quais são tais barreiras para a adoção de robôs agrícolas?
- Claras vantagens em relação aos maquinários convencionais
- Incerteza em relação às regulamentações e segurança
- Confiabilidade no equipamento
O estudo do Rabobank detalha os desafios em cada uma dessas barreiras, mas também reconhece vários e consistentes avanços em diferentes partes do mundo, inclusive no Brasil.
Vantagens claras
O objetivo da automação na agricultura é melhorar a produtividade e a sustentabilidade, permitindo operações mais rápidas e precisas com consumo reduzido de recursos, incluindo água, fertilizantes, proteção de safras e energia.
Por isso, os robôs agrícolas devem ser capazes de diagnóstico autônomo, tomada de decisão ou desempenho de tarefas em ambientes em mudança sem um operador humano ou supervisor no local.