Quem tem a maior capacidade de armazenagem de grãos no Brasil?
Cooperativas e tradings de comercialização de grãos lideram capacidade de estocagem
O déficit de armazenagem de grãos está na lista dos maiores gargalos do agronegócio brasileiro e se agravou nas últimas décadas com o ritmo do crescimento da produção bastante acima do aumento das estruturas como silos e armazéns graneleiros.
A capacidade disponível para armazenagem de grãos no Brasil aumentou 4,7% e chegou a 210,9 milhões de toneladas em 2023.
Ainda assim, o volume representaria apenas 70% da produção de grãos prevista para a safra 2023/2024, restando quase 90 milhões de toneladas.
Diante dos prejuízos em preservação e comercialização que este quadro pode causar, no entanto, algumas grandes empresas posicionam-se fora dessa estatística e apresentam significativa capacidade de estocar a produção das lavouras.
A AMR Business Intelligence divulgou recentemente um estudo sobre o tema que aponta um cenário do qual as cooperativas e as grandes tradings de comercialização de grãos lideram a quesito no país.
Quais são empresas com maior capacidade de armazenagem de grãos?
Empresa | Capacidade Estática de Armazenagem (mil toneladas) |
Bunge | 5.771,30 |
Coamo | 5.604,70 |
Cargill | 4.310,40 |
Inpasa | 2.619,30 |
Lar | 2.495,90 |
ADM | 2.492,70 |
Sipal | 2.487,10 |
LDC | 2.215,70 |
C.Vale | 2.106,30 |
Cocamar | 2.037,30 |
Bianchini | 2.019,10 |
Comigo | 1.961,20 |
Amaggi | 1.714,60 |
Total | 41.835,60 |
À frente desse setor está a Bunge, multinacional americana, com uma capacidade de 5,7 milhões de toneladas.
A presença histórica da empresa no Brasil e sua vasta rede de armazenamento permitem à Bunge atuar com eficiência no escoamento de safras, principalmente nos estados do Centro-Oeste, onde se concentra boa parte da produção agrícola do país.