Desafios persistem apesar de adiamento da Lei Antidesmatamento da Europa, diz Aprosoja

Decisão abre janela estratégica para negociações sobre custos e conformidade com as exigências ambientais

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Presidente avisa que entidade seguirá ativa nas discussões. (Foto - Aprosoja-MT)

Presidente avisa que entidade seguirá ativa nas discussões. (Foto - Aprosoja-MT)

19deNovembrode2024ás11:57

A União Europeia anunciou na semana passada o adiamento de 12 meses para a implementação da Lei Antidesmatamento, que proíbe a importação de produtos provenientes de áreas de desmatamento.

A decisão foi tomada em resposta a pedidos de diversos setores, incluindo o agropecuário brasileiro, e entraria em vigor em 30 de dezembro de 2024.

Apesar da prorrogação, o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, reforçou as críticas à regulamentação. 

Para ele, o adiamento representa uma vitória temporária, mas as dificuldades impostas pela legislação europeia continuam sendo um desafio crescente para os produtores rurais.

O novo cronograma europeu estabelece que, a partir de dezembro de 2025, grandes empresas estarão sujeitas às novas exigências ambientais. Já as micro e pequenas empresas terão até junho de 2026 para se adaptar.

Conhecida como Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), a lei impõe critérios ambientais e barreiras comerciais, com um viés protecionista que impacta países em desenvolvimento, como o Brasil.

Desvantagens para o Brasil

Lucas Costa Beber destaca que a lei favorece países europeus, onde o risco de desmatamento é mínimo devido à escassez de vegetação nativa em áreas agricultáveis.