Embrapa avança no uso de sorgo-biomassa com resultados promissores para geração de energia

Testes industriais de briquetes de sorgo-biomassa tiveram êxito, com fácil processamento e baixo impacto ambiental

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Embrapa avança no uso de sorgo-biomassa com resultados promissores para geração de energia
03deDezembrode2024ás11:53

sorgo-biomassa tem ganhado destaque mundial como uma alternativa sustentável para a geração de energia. No Brasil, embora o potencial para o cultivo dessa planta seja significativo, desafios como a alta umidade e a baixa densidade da biomassa dificultam o transporte e a queima, comprometendo a logística e a automação industrial.

Desde 2014, a Embrapa tem se dedicado a desenvolver soluções para superar essas limitações e contribuir para a transição energética do País.

O sorgo-biomassa é uma variedade cultivada especificamente para produção de biomassa. Com um ciclo de crescimento inferior a 180 dias, esta planta oferece alta produtividade, permitindo colheitas rápidas e eficientes.

Pesquisas recentes indicam que a substituição de até 66% da biomassa florestal por sorgo-biomassa densificado pode manter o poder calorífico equivalente ao da madeira, com teores de cinzas abaixo de 3%.

“Embora seja possível utilizar briquetes de sorgo-biomassa puro, para os primeiros testes na indústria sugerimos uma mistura de 66% de briquete de sorgo com 34% de cavaco. Essa combinação apresentou um poder calorífico equivalente ao da madeira, o que abre novas possibilidades para indústrias que buscam diversificar suas fontes de energia e garantir maior segurança energética”, explica pesquisadora da Embrapa Florestas (PR) Marina Morales.

sorgio-biomassa

Os primeiros testes em escala industrial, realizados em outubro deste ano, revelaram bons resultados. A Calmais, empresa parceira da Embrapa, conseguiu densificar o sorgo-biomassa puro em uma briquetadeira industrial.

 “Os briquetes estão sendo formados sem fragmentação, o que é um bom sinal de que a matéria-prima tem grande potencial”, afirma pesquisador Flavio Tardin, que assim como Morales, é autor da publicação, “ao caracterizar a biomassa do sorgo.