Exportadores de café preparam-se para novas exigências de sustentabilidade
Setor enfrenta momento de transição e prorrogação do EUDR abre mais oportunidades
|As exportações de café brasileiro enfrentam um momento de transição com as novas regras de sustentabilidade impostas pela União Europeia (UE).
Em 2024, legislações focadas em governança socioambiental ganharam destaque nas discussões globais, impactando diretamente a cadeia produtiva do setor cafeeiro no Brasil.
Marcos Mota, diretor do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), destacou, em artigo publicado nesta quinta-feira, como os exportadores vêm se organizando para atender às exigências.
Regras e prazos estendidos
A União Europeia, que absorve cerca de 50% das exportações de café do Brasil, aprovou regulamentações como o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR) e a Diretiva de Devida Diligência em Sustentabilidade Corporativa (CS3D).
Esses marcos têm implementação prevista para 2027, mas o EUDR ganhou uma prorrogação para que empresas se adaptem.
As grandes empresas terão até 30 de dezembro de 2025 para comprovar que seus produtos são livres de desmatamento, enquanto as pequenas empresas têm prazo estendido até 30 de junho de 2026.
“A extensão do prazo é uma oportunidade para o segmento exportador engajar-se com as autoridades europeias e parceiros importadores, visando esclarecer dúvidas e aprimorar os processos de devida diligência socioambiental”, afirmou Mota.