Se tudo der certo, embargo da China à soja brasileira só termina no final de março

Medida gera preocupação no Brasil e reflete escalada protecionista do gigante asiático

|
Apesar da suspensão temporária, o governo brasileiro garante que os volumes totais de soja exportados para a China não serão afetados..  (Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná)

Apesar da suspensão temporária, o governo brasileiro garante que os volumes totais de soja exportados para a China não serão afetados.. (Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná)

28deJaneirode2025ás09:49

A Administração Geral de Alfândega da China (GACC) anunciou na semana passada a suspensão das exportações de soja de cinco unidades brasileiras, alegando que as cargas não atendiam aos requisitos fitossanitários. 

A medida, que gerou preocupação no setor agropecuário brasileiro, reflete uma escalada protecionista por parte do gigante asiático.

Apesar disso, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) acredita que as exportações podem ser retomadas até o final de março.

"Tudo indica que serão retomadas em aproximadamente um mês e meio", afirmou Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, ao Agro Estadão.

As restrições começaram em 8 de janeiro, afetando inicialmente as operações da China da Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil e C.Vale Cooperativa Agroindustrial.

Dias depois, em 14 de janeiro, foram incluídas as remessas da Cargill Agrícola SA e da ADM do Brasil. A GACC justificou a decisão citando contaminações químicas, pragas e insetos.

A suspensão coincide com o período do Ano Novo Chinês, um feriado importante que pode influenciar a velocidade das negociações, explica Rua.