Contas externas do Brasil começam 2025 com rombo de US$ 8,7 bilhões
Investimentos diretos no país caem 28%
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As contas externas do Brasil registraram um déficit de US$ 8,655 bilhões em janeiro, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (23) pelo Banco Central.
O saldo negativo mais que dobrou em relação ao mesmo período de 2024, quando o rombo foi de US$ 4,407 bilhões nas transações correntes — indicador que engloba a balança comercial, serviços e transferências de renda com o exterior.
O aumento do déficit foi impulsionado, principalmente, pela redução de US$ 4,3 bilhões no superávit comercial, reflexo do avanço das importações.
Além disso, o déficit na conta de serviços cresceu US$ 1 bilhão. Em contrapartida, a conta de renda primária — que inclui pagamentos de juros, lucros e dividendos — teve um recuo de US$ 1,1 bilhão.
Nos últimos 12 meses até janeiro, o déficit em transações correntes somou US$ 65,442 bilhões, o equivalente a 3,02% do Produto Interno Bruto (PIB).
O resultado representa um aumento em relação aos US$ 61,194 bilhões (2,79% do PIB) registrados em dezembro. No comparativo anual, o crescimento do saldo negativo foi ainda maior, com alta de US$ 24,490 bilhões ante janeiro de 2024.
Apesar do cenário, o Banco Central destaca que o déficit está sendo financiado por capitais de longo prazo, com destaque para os investimentos diretos no país.
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