Os atalhos da Case IH para driblar os juros altos e fomentar vendas

O cenário de juros elevados transformou o acesso ao financiamento para máquinas agrícolas em um desafio para produtores rurais e empresas.

Assim, apesar de um cenário mais otimista em relação ao ano passado com recorde de produção e preços algo melhores, as vendas de maquinário devem apenas caminhar de lado neste ciclo, após de forte queda em 2024.

Para encarar essa conjuntura, a Case IH trabalha um conjunto de alternativas a seus clientes, indo desde uma parceria com Fiagro do Paraná, linhas em dólar de Crédito Rural via BNDES, consórcios e novos produtos capazes de gerar retorno rápido do investimento.

As iniciativas visam garantir acesso à alta tecnologia, mesmo com a restrição dos programas públicos como o Moderfrota e outras linhas com juros proibitivos para a grande maioria dos agricultores.

Segundo Denny Perez, diretor comercial da Case IH Brasil, os próprios produtores têm evitado as altas taxas e, confiantes no mercado, geraram um salto nas aquisições feitas com recursos próprios desde o ano passado.

“O que antes representava 10% ou 15% do total, chegou a 40% no ano passado. Praticamente triplicou ou mais. E isso foi sustentado também por operações de financiamento atreladas ao dólar, mas, obviamente, não é todo produtor que pode aderir a esse modelo”, explica.

A fabricante também percebeu que, principalmente para grandes agricultores exportadores, o financiamento em dólar tem sido uma ferramenta eficaz. E essa é uma alternativa “ilimitada" via BNDES, segundo declarações do governo.

Outra opção apontada por Perez é uma provável parceria com o Fiagro do Paraná, que estreou o modelo de forma pioneira no início de abril.