JBS aprova dupla listagem no Brasil e nos Estados Unidos após anos de idas e vindas

Oferta na bolsa de Nova Iorque deve ocorrer já em junho, mas ainda depende de condições da NYSE, CVM e B3

JBS aprova dupla listagem no Brasil e nos Estados Unidos após anos de idas e vindas
23deMaiode2025ás11:06

Após anos de negociações e diversas tentativas, os acionistas da JBS enfim aprovaram, nesta sexta-feira (23), a tão esperada dupla listagem das ações da companhia nas bolsas de valores do Brasil e dos Estados Unidos.

Mas não sem emoção.

Após uma "prévia on line” realizada ontem (dia 22), que apontou que 52% votavam contra, a confirmação da aprovação veio hoje por meio de fato relevante publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A votação ocorreu em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em poucos minutos, dando luz verde para um processo que promete ampliar a visibilidade internacional e melhorar o acesso a investidores estrangeiros. O percentual final não foi divulgado.

O plano da dupla listagem prevê que a JBS utilize como veículo a JBS N.V., uma sociedade holandesa que emitirá Brazilian Depositary Receipts (BDRs) nível II na B3, lastreados em ações Classe A que também seriam negociadas na New York Stock Exchange (NYSE), a Bolsa de Nova Iorque.

Com isso, haverá o encerramento da negociação direta das ações ordinárias da empresa (JBS SA) no segmento Novo Mercado da bolsa brasileira.

Embora a operação tenha avançado, sua concretização ainda depende de algumas condições relevantes junto a NYSE, a CVM e B3.

Vale dizer que, no final do mês passado, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) deferiu o pedido da empresa para listar suas ações na Bolsa de Valores de Nova York.

A expectativa é que as pendências sejam concluídas e as ações já possam ser negociadas em junho.

Jornada turbulenta

A JBS superou uma jornada turbulenta até obter aprovação para negociar suas ações na Bolsa de Valores de Nova York de seus acionistas.

O histórico da empresa gerou resistência desde ambientalistas, grupos de defesa dos direitos dos animais, legisladores americanos e até mesmo alguns de seus próprios investidores.