Inadimplência no agro fica estável no final de 2024
Sul do Brasil mantém a menor taxa de atraso nos pagamentos rurais, com apenas 5,1%
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A inadimplência entre os produtores rurais brasileiros fechou o último trimestre de 2024 em 7,6%, índice estável em relação ao período anterior, segundo levantamento da Serasa Experian.
Apesar das pressões de custo, perdas no campo e clima adverso, o dado revela um setor que continua, majoritariamente, honrando seus compromissos financeiros.
O levantamento considera pessoas físicas com dívidas vencidas há mais de 180 dias — e até cinco anos — somando no mínimo R$ 1 mil, contraídas junto a instituições financeiras ou empresas ligadas à cadeia do agronegócio, como cooperativas, revendas de insumos e produtores.
Segundo Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian, a estabilidade é reflexo da combinação entre políticas de crédito mais restritivas e a resiliência dos produtores.
“Mesmo com os desafios enfrentados, o setor vem conseguindo manter seus pagamentos em dia. Os modelos preditivos de análise de risco e o maior critério na concessão de crédito também ajudam a conter a inadimplência”, afirmou.
A comparação com o mesmo período de 2023 mostra um leve avanço: a taxa subiu 0,8 ponto percentual, o que é considerado um movimento dentro da normalidade, dada a conjuntura econômica.