Volta atrás parte 4: Governo recua de novo, agora sobre aumento do IOF
Depois dos casos do PIX, imposto sobre Fiagro e imposto sobre importação de alimentos, Ministério da Fazenda revê parcialmente medida após reação do mercado
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Decisão de recuar ocorreu após uma reunião de emergência no Palácio do Planalto na noite de quinta-feira (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta mais um recuo em decisões econômicas — o quarto desde o início do mandato.
Após desistir da taxação do Pix, recuar em propostas sobre os preços dos alimentos e abandonar a tributação de Fundos Imobiliários (FIIs) e dos Fundos do Agronegócio (Fiagros), o Planalto volta atrás, desta vez, sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O revés aconteceu menos de seis horas após a publicação do decreto que elevava e padronizava alíquotas do IOF para diversos setores. Diante da reação negativa de economistas e do mercado financeiro, o Ministério da Fazenda revogou parte das medidas.
Entre os pontos revertidos estão a manutenção da isenção para aplicações de fundos nacionais no exterior e a alíquota de 1,1% para remessas de pessoas físicas ao exterior com finalidade de investimento.
A reversão parcial foi anunciada na noite de quinta-feira (23) em postagens na rede social X (antigo Twitter), com a justificativa de que houve “diálogo e avaliação técnica”.
“Este é um ajuste na medida – feito com equilíbrio, ouvindo o país e corrigindo rumos sempre que necessário”, afirmou a pasta.