Grupo Safras sofre novas derrotas na Justiça e perde controle sobre ativos
Com recuperação judicial suspensa, conglomerado perde fábrica, maquinários e tem contas bloqueadas
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O Grupo Safras sofreu mais um revés na série de batalhas perdidas na Justiça e dessa vez com impacto arrasador sobre sua capacidade operacional após reintegração de ativos e bloqueio de contas.
Na semana passada, a Carbon Participações retomou a posse de uma fábrica em Cuiabá, responsável por aproximadamente 95% do faturamento da empresa.
Nos últimos dias, o Grupo Safras já havia perdido maquinários agrícolas estimados em R$ 15 milhões a partir de uma ação da família Maggi Locks, bem como o bloqueio de contas bancárias no valor de R$ 7 milhões.
As execuções individuais de credores e ex-parceiros passaram a ocorrer após a suspensão de processo de recuperação judicial do conglomerado, que poderia protege-lo por 180 dias.
Fábrica de Cuiabá
A unidade de Cuiabá havia sido arrendada à Allos Participações, que, por sua vez, subarrendou o imóvel ao Grupo Safras sem autorização do juízo da falência da antiga proprietária, a Olvepar, nem da administradora judicial, a própria Carbon.
A retomada do imóvel foi autorizada pela juíza Giovana Pasqual de Mello, da 4ª Vara Cível de Sinop, com base em uma série de irregularidades constatadas pela Carbon.
O caso remonta a 2024, quando diligências revelaram que o Grupo Safras estaria operando a planta de forma irregular. A Allos, que havia recebido a fábrica em arrendamento judicial, teria passado o controle à Safras sem consulta ou aprovação judicial.