‘A previsibilidade regulatória é crucial para incentivar investimentos’, afirma presidente da CropLife
Em entrevista exclusiva, Eduardo Leão desmistifica mitos, mira COP 30 e tem no bioinsumo o futuro do agro mundial
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Unir forças e ampliar a representatividade. Foi com essa ideia que a CropLife Brasil (CLB) surgiu, em 2019, quando reuniu sob a mesma batuta setores de defensivos agrícolas, biológicos, sementes e biotecnologia.
O objetivo também passava pela otimização de recursos, dadas as sinergias entre as tecnologias agrícolas que se complementam no campo.
O resultado deu certo, e hoje a CLB é autoridade na atuação multisetorial, como apoio tributário e jurídico, capacitação contínua, sustentabilidade (com foco em boas práticas agrícolas e logística reversa) e combate à ilegalidade de defensivos, sementes e grãos.
Em entrevista exclusiva ao Agrofy News, o diretor-presidente da instituição, Eduardo Leão, abordou os desafios do produtor rural em 2025, mas também destacou avanços genuinamente brasileiros, como os recentes marcos regulatórios dos defensivos e dos bioinsumos.
“A previsibilidade regulatória é crucial para incentivar investimentos em pesquisa e desenvolvimento e a inovação na agricultura brasileira”, disse.
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E a previsibilidade é mais consistente quando pautada por dados e estatísticas de referência, como os apresentados na plataforma CropData, tecnologia lançada na quarta-feira (22), que oferece um universo relevante de informações à disposição em site próprio e de simples consulta.
Entre as informações apresentadas, uma chamou a atenção: ao contrário do senso comum, o Brasil não é o maior consumidor de defensivos agrícolas do mundo. Quando o uso é relativizado pela área cultivada, o país ocupa a 38ª posição global, atrás de diversos países europeus e asiáticos.
“Precisamos comunicar com base em fatos e dados, e não em mitos”, resume Leão.
De olho na COP 30, Leão afina os últimos detalhes de um documento que será apresentado, com as diretrizes sobre desafios climáticos, novas tecnologias e a crescente utilização dos bioinsumos no agro brasileiro e mundial.
“Cada vez mais se faz necessário divulgar ao mundo a sustentabilidade da agricultura tropical brasileira, que utiliza tecnologias agrícolas cada vez mais sustentáveis e práticas como o plantio direto e a integração lavoura-pecuária-floresta.”