Maduro recua de tarifa contra o Brasil após EUA fixarem recompensa por sua prisão
Reversão ocorre em meio à escalada diplomática americana contra o regime venezuelano
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No meio da tensão comercial entre Estados Unidos e Brasil, um país vizinho voltou aos holofotes nos últimos dias: a Venezuela, comandada por Nicolás Maduro. O país sul-americano esteve no centro das atenções tanto em Brasília quanto em Washington.
Primeiro, o governo venezuelano surpreendeu ao anunciar, sem aviso prévio, a retomada de tarifas de importação sobre produtos brasileiros, com alíquotas que chegavam a 77%. A medida anunciada na última sexta-feira (25) durou pouco e foi revertida na segunda-feira (28), quando a Venezuela recuou e restabeleceu a isenção para mercadorias com certificado de origem do Mercosul.
Uma coincidência de datas chamou atenção no meio de tudo isso: o recuo do regime chavista ocorreu no mesmo momento em que os Estados Unidos anunciaram uma recompensa de até US$ 25 milhões (cerca de R$ 140 milhões) por informações que levem à prisão de Maduro.
Embora não haja declarações oficiais ligando os dois episódios, a pressão internacional sobre o presidente venezuelano cresceu visivelmente nos últimos dias.
Venezuela volta atrás
A cobrança foi imposta na sexta-feira (25) e afetou diretamente empresas brasileiras, principalmente em Roraima, estado que destina cerca de 70% de suas exportações à Venezuela. As alíquotas variavam entre 15% e 77%, de acordo com a Câmara Venezuelana Brasileira de Comércio e Indústria de Roraima.