O ano de altas e baixas no agro, mas, mesmo assim, histórico
Jamais a colheita foi tão valorizada por conta do fator dólar e da alta de preços causada por mais demanda no mercado internacional
|Dois mil e vinte um foi o ano da vacinação: 17 de janeiro começa a corrida da imunização em todo o País; em meados de abril, a reabertura de bares e restaurantes dá suas caras; é também a partir de abril que começam a cair as mortes por Covid-19. Para o agro, por que esses dados são importantes e o que eles contam sobre a evolução da economia no campo?
São importantes porque revelam a recuperação de uma das engrenagens essenciais que movem a economia de um país: o consumo interno. Foi isso que levou à queda do consumo de proteína animal e demais alimentos básicos.
Dados do terceiro trimestre de 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram 13,45 milhões de pessoas desempregadas. O número ainda é alto, mas é um melhor resultado, comparado com o mesmo período em 2020, quando o desemprego atingia 14,60 milhões de pessoas. Isso significa incremento de renda a mais brasileiros, estimulando mais fluidez quando se fala na produção voltada ao consumo interno, como proteína animal, frutas, verduras e hortaliças.
É válido lembrar que a produção de carne bovina foi uma das mais impactadas em 2021. A produção é estimada em 9,5 milhões de toneladas em 2021, o que representaria uma queda de 5,9% em comparação a 2020, segundo o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). O mesmo relatório prevê uma queda de 8% no consumo doméstico dessa proteína, chegando a 7 milhões de toneladas em 2021.