Exportação de milho cresce 15x em junho
Ainda assim, superávit da balança comercial brasileira fechou em queda de 15,6%
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O superávit da balança comercial brasileira fechou junho com queda de 15,4% em relação ao mês anterior. Isso porque enquanto as exportações cresceram 15,6%, e somaram US$ 32,68 bilhões, as importações tiveram alta de 33,7% e totalizaram US$ 23,86 bilhões.
Desta forma, segundo dados preliminares de junho, divulgados nesta sexta (dia 1º), pela secretaria de Comércio Exterior (Secex), a balança comercial registrou superávit de US$ 8,81 bilhões.
Segundo relatório, no acumulado entre janeiro e junho 2022, e em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 19,5% e somaram US$ 164,06 bilhões. Já as importações cresceram 29,8% e totalizaram US$ 129,81 bilhões.
Como consequência, a balança comercial encerra o semestre com superávit de US$ 34,25 bilhões, com queda de -8,2%, e aumento de 23,9% na corrente de comércio, atingindo US$ 293,87 bilhões.
Agro segue em alta
O crescimento das exportações da agropecuária em junho teve alta de 30,4%, com soma de US$ 7,81 bilhões. A expansão foi puxada, principalmente, pelo aumento nas vendas de milho não moído (exceto milho doce), com alta de 1.458,9%.
Também aumentaram as exportações de café não torrado (em 76,7%), soja ( 22,7%) e o grupo de farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais, que registrou com avanço de 61,5%.
Por outra lado, registraram diminuição nas vendas, dentro da agropecuária, frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-21,1%), mel natural (-26,1%), algodão em bruto (-10,5%) e carne suína fresca, refrigerada ou congelada (-20,3%).
Já no acumulado do ano, entre janeiro e junho, o setor agropecuário registrou alta de 27,8% nas exportações, em comparação com o mesmo período do ano passado (somando somou US$ 40,35 bilhões).
Importações também cresceram
Já as importações envolvendo a agropecuária cresceram de 22,8% em junho. As maiores influênciais vem do trigo e centeio não moídos ( alta de 67,4%); cevada não moída (alta de 15.386,3%) e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas ( +72,5%).
O Brasil também importou, como esperado, mais fertilizantes brutos (exceto adubos), com alta de 288,1%. A compra de adubos ou fertilizantes químicos também aumentou, em 187,5%.
Ainda nas importações, houve recuou nos seguintes produtos: hortícolas, frescos ou refrigerados (-15,4%), cacau em bruto ou torrado ( -100,0%) e soja (-67,4%).
O relatório completo está disponível na página da página de Estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior.