Mercosul fecha acordo com bloco liderado por Suíça e Noruega e amplia acesso a mercado bilionário
Tratado com EFTA garante condições preferenciais a economias sul-americanas em bloco de US$ 1,4 trilhão
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O Mercosul concluiu nesta quarta-feira (2), durante a 66ª Cúpula do bloco em Buenos Aires, as negociações para um acordo de livre comércio com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), formada por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
As tratativas começaram em 2017 e abrem novas oportunidades para produtos brasileiros, em países entre os mais ricos do mundo em renda per capita
"Depois de Singapura, em 2023, e União Europeia, em 2024, o Mercosul finalizou agora suas negociações com a EFTA. Um mercado de elevada renda, que garantirá acesso facilitado a 100% de nossas exportações industriais. Foram 8 anos de trabalho duro, mas o resultado mostra que o diálogo é o caminho para estimularmos nossa economia, gerando emprego e renda", afirmou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Com o tratado, os países do Mercosul — Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e a Bolívia (em processo de adesão) — terão acesso preferencial a esse mercado europeu de alta renda.
Criada em 1960, a EFTA é uma organização intergovernamental que reúne uma população de 15 milhões de habitantes, e possui um Produto Interno Bruto (PIB) somado de US$ 1,4 trilhão.
Em termos de PIB per capita, Liechtenstein é considerado o segundo país mais rico do mundo, com renda média anual de US$ 186 mil por pessoa.
Já a Suíça é o quarto mais rico, em termos per capita (US$ 104,5 mil). Islândia e Noruega também aparecem nas primeiras posições de países com maiores rendas médias.
Acesso ampliado e preferências tarifárias