Conheça a “irrigação de luz” que eleva produtividade de soja em 57%
Luz artificial suplementa iluminação natural durante a noite
Pivôs centrais com fontes de luz já operam em várias fazendas no país. (Foto: Adriana Mendes)
O engenheiro agrônomo Gustavo Grossi observou, quase por acaso, em 2018, que plantas de soja posicionadas próximas a um poste de luz de LED tiveram um desenvolvimento além do comum.
Esse foi o início do projeto Irriluce, do Grupo Fieline, que alcançou produtividades até 57% maiores em 100 hectares de soja com 40 dias de “irrigação” de luz no Triangulo Mineiro.
Em outras palavras, a produção na área, após diversos testes, saltou de 75 para 118 sacas por hectare. Isso porque a técnica viabiliza iluminação por LED durante a noite ou em tempo nublado e, assim, potencializa o desenvolvimento das plantas.
Desde 2020, o projeto aperfeiçoa o Sistema Irriluce de pivôs centrais luminosos para 14 culturas, entre elas cana, algodão, trigo, milho, sorgo, soja, feijão, girassol, tabaco, tomate, batata, alho, cebola e pimenta. Além disso, já possui clientes em diversos estados como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Segundo a empresa, a suplementação luminosa deve ser aplicada nos momentos ideias para compor os melhores resultados, bem como considerar boas práticas no manejo da adubação.
“Compreender os períodos e as intensidades luminosas é de extrema importância para validarmos com precisão os fatores de sucesso dessa tecnologia”, comenta Gustavo, que também é sócio do Grupo Fieline.