Setor de amendoim mira Ásia e mercado doméstico
Guerra entre Rússia e Ucrânia prejudicou exportações, mas abertura da China pode compensar perdas em curto prazo
Produção de amendoim em São Paulo cresceu 14,4% em relação à safra anterior. (foto - Feira do Amendoim)
Apesar do impacto do conflito entre a Rússia e a Ucrania, o setor de amendoim no Brasil mostra resiliência e mira grandes oportunidades no mercado asiático e, também, no doméstico.
A guerra impactou fortemente boa parte dos produtores de amendoim brasileiros já que, até o ano passado, os dois países respondiam por quase metade (48%) das exportações nacionais do produto.
Entre as alternativas apontadas está o mercado asiático, especialmente na China e Japão. A possibilidade justifica-se pelo vigor do setor. A presença do amendoim nas exportações brasileiras cresceu quase 100 vezes em 20 anos.
Em 2001, foram US$ 4,76 milhões, e em 2020 esse valor chegou a US$ 443 milhões, conforme estudo realizado pela Fiesp com apoio da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab).
A associação também comunicou, neste ano, que o resultado desses esforços deve surgir nos próximos meses. A China, inclusive, confirmou a abertura do mercado em julho.