Fundecitrus alerta sobre avanço do greening no cinturão citrícola

Doença dizimou produção em outros países, como os Estados Unidos

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A praga é a mais destrutiva doença dos citros no Brasil e a maior ameaça à citricultura mundial. (foto - Mapa)

A praga é a mais destrutiva doença dos citros no Brasil e a maior ameaça à citricultura mundial. (foto - Mapa)

16deSetembrode2022ás11:10

A Fundecitrus divulgou um alerta, ontem (dia 15), sobre o aumento da incidência de greening nos pomares do cinturão citrícola, que inclui São Paulo e regiões de Minas Gerais.

A doença, causada pelo psilídeo Diaphorina citri, inseto vetor da bactéria Candidatus Liberibacter spp.,, tem grande relevância para a produção de laranja, limão e tangerinaA praga é a mais destrutiva doença dos citros no Brasil e a maior ameaça à citricultura mundial.

O greening chegou a dizimar a produção e a qualidade dos frutos em outros países concorrentes como os Estados Unidos e a Espanha. No caso da Flórida, por exemplo, a produção caiu de 170 milhões de caixas em 2007/2008 para 44,5 milhões de caixas no ano passado.

No Brasil, diversas iniciativas têm conseguido controlar a enfermidade, mas pesar do esforço do citricultor, o novo estudo da Fundecitrus mostra que aumento está relacionado à manutenção de árvores doentes nos pomares e baixo rigor no controle do psilídeo.

Presença de psilídeo preocupa

O levantamento anual da incidência de greening (huanglongbing/HLB) indica que a incidência média da doença subiu de 22,37%, em 2021, para 24,42% em 2022 em todo cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro. Um crescimento de 9,16% que já atinge praticamente um quarto de todas as plantas.

A situação exige mais esforço dos citricultores para o controle mais eficaz. Nas regiões de Brotas, Limeira e Porto Ferreira, onde a incidência já era alta nos anos anteriores, o greening avançou a níveis ainda mais preocupantes, com 49,41%, 70,72% e 74,05% respectivamente.

“Estamos vendo a doença crescer em uma velocidade que preocupa. Porém, ao mesmo tempo, os resultados obtidos em propriedades de regiões que registraram queda ou estabilização da doença reforçam a nossa confiança que as medidas de combate ao greening são eficazes”, reforça o gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres.