Alta na oferta mantém margem negativa para suinocultores

Estudo da ABCS revela que, apesar de crescimento das exportações, setor ainda contabiliza prejuízos

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Setor torce por ampliação na demanda com o final do ano. (foto - Sistema CBA/Senar)

Setor torce por ampliação na demanda com o final do ano. (foto - Sistema CBA/Senar)

21deSetembrode2022ás15:53

O suinocultor brasileiro continua contabilizando prejuízos em 2022, segundo análise da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), no Boletim de Mercado de setembro, divulgado nesta quarta (dia 21). 

O informativo aponta os custos elevados e a alta na oferta interna como “principais responsáveis” pelo cenário de persistência de margens negativas no setor neste ano.

Para tal conclusão, a ABCS utilizou como base os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao primeiro trimestre e dados extraoficiais do abate de julho e agosto.

De acordo com o presidente da Associação, Marcelo Lopes, nem mesmo a “colheita de safra recorde de milho, o ciclo de seis meses de recuperação de preços da carcaça suína (interrompido no final de agosto) e exportação sem precedentes em agosto” impediram os prejuízos.

Para ele, a situação intensificou-se uma vez que não houve, como esperada, redução da oferta de carne suína no mercado doméstico, decorrente de presumidos ajustes no plantel.

Ao contrário, no acumulado de janeiro a agosto, foi registrada uma ampliação de 228 mil toneladas (8,8%) em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento na oferta, acaba reduzindo o preço para o consumidor