Seca na lavoura? Dispositivo usa umidade do ar na irrigação em escala
Água presente na atmosfera pode ser captada e usada em cultivos mesmo do deserto
Até mesmo no deserto do Saara, a umidade relativa do ar média é de 15%. A menor já registrada no Brasil foi cerca de 10%, com média superior a 60% em geral. (foto - Info Escola)
As estiagens estão cada vez mais frequentes na agricultura brasileira e mundial, segundo especialistas, devido às mudanças climáticas. Contudo, mesmo com falta de chuvas, o ar sempre tem quantidades consideráveis de umidade por sua própria composição.
Por isso, a Universidade Nacional de Singapura (NUS, National University of Singapura, do inglês) desenvolveu um sistema capaz de captar a água do ar em escala a fim de uso na agricultura, atividades industriais ou mesmo doméstico.
Até mesmo no deserto do Saara, a média é de 15%. A mais baixa registrada no mundo, em uma situação muito extrema, ocorreu no Irã com 0,3% de umidade relativa. A menor já registrada no Brasil foi cerca de 10%, com média superior a 60% em geral.
Ou seja, sempre haverá de onde tirar e tem muita água no ar... O dispositivo SmartFarm coleta esta umidade por meio de uma solução relativamente simples.
Como funciona?
O aparelho é totalmente automatizado, movido a energia solar e equipado com um material de atração de vapor de água à noite, quando a umidade relativa costuma ser mais alta.
A partir daí, o dispositivo libera água quando exposto à luz solar durante o dia para irrigação. O SmartFarm tem outra vantagem: a coleta de água e o processo de irrigação podem ser ajustados para atender a diferentes tipos de plantas e climas para um cultivo ideal.
O material higroscópico foi testado anteriormente pelo Hawai'i Space Exploration Analog and Simulation (HI-SEAS) para sua aplicação no controle de umidade para, inclusive, agricultura espacial.