Produção de soja deve ter alta de 20,6% na safra 2022/2023, diz Conab

Novo levantamento de safra estima total de grãos de 309,9 milhões de toneladas

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Alta na produção de oleaginosa é quando comparada ao ciclo 2021/2022, que sofreu com adversidades climáticas.  (foto - Sistema CNA/Senar)

Alta na produção de oleaginosa é quando comparada ao ciclo 2021/2022, que sofreu com adversidades climáticas. (foto - Sistema CNA/Senar)

09deMarçode2023ás09:47

Impulsionada pela soja – que representa quase a metade do volume – a produção brasileira de grãos na safra 2022/23 pode chegar a 309,9 milhões de toneladas, de acordo com projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).  

Divulgado nesta quinta-feira (dia 9), o 6º Levantamento da Safra de Grãos 2022/23 tem como principal destaque a previsão de alta de 20,6% na produção de oleaginosa, quando comparada ao ciclo 2021/2022. O volume estimada é 151,4 milhões de toneladas.

O número, entretanto, representa uma variação negativa de 1% em relação ao último anúncio da Conab devido à intensificação, em fevereiro, dos danos causados pela estiagem no Rio Grande do Sul.

No total, a estimativa do mês passado também foi um pouco superior a atual, de 310,6 milhões de toneladas.

“No entanto, essas perdas (da soja) foram compensadas, em parte, pelos ganhos observados em Tocantins, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul”, explica o presidente da Companhia, Guilherme Ribeiro.

De acordo com a Conab, a colheita avança em todas as regiões produtoras, com percentuais abaixo quando comparados com a safra 2021/22, uma vez que o excesso de chuvas dos últimos meses dificulta o tráfego de máquinas nas lavouras.

“Além das precipitações durante a colheita, é preciso lembrar que em algumas áreas o plantio da soja foi realizado de forma tardia, como em determinados locais produtores de Goiás e do Matopiba, enquanto que em outras regiões houve a ocorrência de temperatura mais baixa o que trouxe impacto no desenvolvimento do grão, alongando o ciclo da cultura”, diz a Conab. 

Milho tem atraso na semeadura

O atraso traz impactos no milho 2ª safra, que já tem semeada 63,6% da área prevista para a cultura em todo o país. No entanto, no mesmo período do ano passado, este índice chegava próximo de 75%.