Salsicha de suíno editado geneticamente vai ao bandejão de universidade

Autorização para a pecuária GMO é um marco na história da produção de alimentos

O sinal verde é um marco histórico já que traz a produção pecuária de alimentos para o campo da engenharia genética

O sinal verde é um marco histórico já que traz a produção pecuária de alimentos para o campo da engenharia genética

23deMaiode2023ás10:19

A Universidade de Washington (WSU), nos Estados Unidos, recebeu no início de maio a autorização da Food and Drug Administration (FDA) para usar suínos geneticamente modificados (OGM) em laboratório na alimentação humana, no caso em salsichas.

O sinal verde é um marco histórico já que traz a produção pecuária de alimentos para o campo da engenharia genética, a exemplo da agricultura. Para se ter ideia, por exemplo, mais de 90% da soja e do milho cultivados mundialmente são modificados geneticamente.

A tecnologia permitiu aumentar muito a produtiviade e ainda melhor uso de recursos naturais nas lavouras.

“É importante que uma universidade estabeleça o precedente trabalhando com reguladores federais para introduzir esses animais no suprimento de alimentos”, disse Jon Oatley, professor da Escola de Biociências Moleculares da Faculdade de Medicina Veterinária da WSU.

No caso dos suínos da Universidade de Washington, a técnica utilizada é conhecida como CRISPR, uma espécie de edição genética. Ela é diferente da transgenia que inclui genes de outras espécies no código genético.

Estes animais “apenas” receberam o gene de um animal reprodutor da mesma espécie. Oatley teve a autorização de investigação para cinco porcos editados geneticamente para demonstrar que os alimentos feitos a partir deles são seguros para consumo.


A edição de genes pode fazer alterações no DNA de um organismo que poderiam ocorrer na natureza ou por meio de reprodução seletiva, mas levariam muito mais tempo sem uma ferramenta como o CRISPR.