Drone brasileiro supera aviões, tratores e chineses na pulverização agrícola
Vant alcança autonomia de voo de uma hora com 70 litros de calda, além de possuir recarga automática
|Dronemog pode voar até por mais de uma hora, contra 10 ou 15 minutos dos drones tradicionais
A agtech brasileira Model Works apresenta um modelo de drone agrícola capaz de superar três das principais limitações destes equipamentos na pulverização agrícola: autonomia de voo, capacidade de calda e velocidade.
O modelo híbrido concilia asas e rotores para garantir velocidade e precisão, e utiliza combustível líquido para ficar mais tempo no ar, além de uma plataforma de reabastecimento automático e programável.
Deste modo, o drone pode voar até por mais de uma hora, contra 10 ou 15 minutos dos drones tradicionais, bem como reabastecer rápida e autonomamente em caso de necessidade.
Desenvolvido especialmente projetado para a pulverização de insumos agrícolas, o equipamento possui um gerador movido a combustível líquido e um inovador sistema de reabastecimento automatizado.
O drone tem cerca de 3 metros de envergadura, sem contar os rotores, e possui capacidade para 70 litros de defensivos, o maior do mercado.
Com muito mais autonomia e capacidade de calda, a aeronave pode realizar pulverização tanto em áreas extensas como em focos pontuais, poupando tempo e insumos, além de reduzir custos e impactos ambientais.
Melhor que tratores e aviões
Para desenvolver o conceito e os protótipos do novo drone e da plataforma de abastecimento, a Model Works, sediada em São Carlos, no interior paulista, contou com apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP, de acordo com o engenheiro Henrique Moritz, um dos sócios-fundadores da empresa.
"Nosso objetivo é resolver um problema importante para nosso cliente final, que é o produtor rural. Hoje, quase toda a pulverização agrícola é feita por tratores e aviões. Os dois métodos possuem vantagens, mas também apresentam sérias desvantagens que poderão ser superadas com o uso do drone", diz Moritz.
Segundo ele, o uso de aviões tem a vantagem de uma cobertura rápida de áreas muito extensas, mas não possibilita o controle preciso da operação e é preciso pulverizar a área toda com defensivos.