Projeto Campo Futuro levanta custos de produção em cinco estados
Custos variaram negativamente para produtores segundo região e cultura
|Estudo analisa custos de produção sobre as cadeias de grãos, fruticultura, pecuária de leite, aquicultura, silvicultura e avicultura de corte em cinco estados. (foto - ilustrativa)
A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou uma série de levantamentos sobre custos de produção sobre as cadeias de grãos, fruticultura, pecuária de leite, aquicultura, silvicultura e avicultura de corte em cinco estados.
O Projeto Campo Futuro avaliou tais cadeias nos estados do Rio Grande do Sul, Pará, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo com o trabalho de técnicos da CNA e de entidades parceira durante toda a semana passada.
Os painéis contaram com a participação de produtores rurais, representantes de sindicatos, de federações estaduais de agricultura, e apoio de técnicos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), do Centro de Inteligência em Gestão e Mercado da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA) e da Labor Rural.
Confira os resultados por cadeia produtiva:
Soja, milho, trigo e arroz (Carazinho, Cruz Alta, Tupanciretã, Uruguaiana, Bagé e Camaquã – RS): Os levantamentos apontaram margens apertadas para as atividades, considerando a seca que atingiu em vários níveis os municípios visitados.
A produtividade média da soja variou de 18 sacas por hectare, em Bagé, até 37 sacas em Camaquã e Carazinho. De forma geral, a expectativa de colheita era de mais de 60 sacas.
Em relação ao arroz, a produtividade esperada de 180 sacas por hectare não foi atingida em Uruguaiana, que colheu 160 sacas. Já o trigo surpreendeu os produtores de Carazinho e Cruz Alta, que colheram safras recordes.
Por outro lado, os insumos pesaram nos custos de produção, principalmente para os fertilizantes e herbicidas. Em Carazinho, os fertilizantes para o milho subiram 68% e os herbicidas para a soja, 146%.
Produção de Cacau
Em Altamira (PA), segundo os dados do painel, a região possui maior número de propriedades que apresentam baixo grau de tecnificação, o que resulta em menor custo de produção, mas também menor rendimento.