Vinícola gaúcha adota canhão anti-granizo para proteger a lavoura

Técnica secular chegou ao Brasil recentemente, mas tem ampla aplicação na Europa e Estados Unidos

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Os canhões anti-granizo já são usados para diversas culturas perenes como frutas em geral, bem como em lavouras de hortícolas em países do hemisfério norte. (foto - ilustrativa)

Os canhões anti-granizo já são usados para diversas culturas perenes como frutas em geral, bem como em lavouras de hortícolas em países do hemisfério norte. (foto - ilustrativa)

12deDezembrode2023ás16:16

Cansados de ter prejuízo com chuvas de granizo, produtores de uma vinícola na cidade de Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha, decidiram implementar um equipamento para lá de incomum: um canhão anti-granizo.

O sistema emite ondas sonoras de alta potência e destrói as pedras de gelo antes que elas atinjam as videiras, garante Daniel Gleise, proprietário da vinícola que é pioneira em adotar a solução no estado.

Os canhões anti-granizo já são usados para diversas culturas perenes como frutas em geral, bem como em lavouras de hortícolas em países do hemisfério norte. No caso do Brasil, também teria utilidade para a cafeicultura.


Em entrevista à Rede Globo, ele contou que a tecnologia foi apresentada por uma companhia espanhola e trazida para o Brasil no ano passado. O sistema é muito "utilizado na Europa e tem 100% de eficiência", garante Geisse.

Além de eficiente, o canhão anti-granizo trabalha praticamente sozinho ao identificar a proximidade de nuvens com formação de granizo e proteger a lavoura em um raio de alcance de 500 metros.