Aprosoja dispara contra levantamento da Conab: "prejudica o produtor"

Para entidade, dados são imprecisos e não refletem a realidade do setor

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Na última semana, a Aprosoja-MT também enviou um ofício ao Mapa, com sugestões de medidas para amenizar a crise. (Foto - Wenderson Araujo/CNA)

Na última semana, a Aprosoja-MT também enviou um ofício ao Mapa, com sugestões de medidas para amenizar a crise. (Foto - Wenderson Araujo/CNA)

30deJaneirode2024ás10:27

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, os dados oficiais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetando a safra de soja 2023/2024 são imprecisos e tem prejudicado os agricultores.

Desde o início do ano, vem ocorrendo a divergência entre as estimativas da Conab – que aponta para uma safra recorde - e as apresentadas por consultorias independentes, além das Aprosojas. Cada uma aponta um cenário.

“No campo, todos os produtores discordam desses números da Conab e se mostram até revoltados, pois têm prejudicado muito a renda do agricultor”, afirma Lucas.

Entenda a divergência

Pesquisas feitas pela Aprosoja-MT e Aprosoja Brasil apontam uma redução de mais de 20% no Estado e mais de 12% em todo país, principalmente por conta das diversas ondas de calor e longos períodos de estiagem na safra de soja 2023/24.

Apesar dessa percepção de quebra expressiva, os números da Conab apontam uma “safra recorde” no País, em 155 milhões de toneladas.

Em seu último levantamento, divulgado no dia 10 de janeiro, a Conab ainda indicava uma safra de 155 milhões de toneladas, 0,4% superior à produção alcançada na temporada anterior.

Por outro lado, pesquisa feita pela Aprosoja Brasil, junto com as demais Aprosojas, apontam para uma produção de 135 milhões de toneladas, diferença de 20 milhões de toneladas.

A próxima divulgação de safra da Conab será dia 8 de fevereiro.