Agtech recebe R$ 130 milhões para produzir fertilizante a partir de urina em escala

Projeto prevê coleta de 2 milhões de litros de xixi humano até 2027

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Seres humanos produzem entre 100 e 150 galões de urina por ano, o suficiente para cultivar trigo e obter pão para um ano. (foto: Toopi Organics)

Seres humanos produzem entre 100 e 150 galões de urina por ano, o suficiente para cultivar trigo e obter pão para um ano. (foto: Toopi Organics)

01deFevereirode2024ás18:14

A agtech Toopi Organics recebeu R$ 130,3 milhões (24,4 milhões de euros), em dois aportes nos últimos três meses, para dar escala à transformação de urina em fertilizantes.

A prática em si não é novidade, sendo realizada há milênios, mas as diferenças são justamente o volume, a qualidade do produto final e modelo de negócio.

Fundada em 2019, a startup francesa desenvolveu um fertilizante agrícola obtido a partir de urina coletada em áreas de descanso de rodovias e outros locais públicos.

A motivação do fundador Michael Roes para iniciar a empresa foi remover a urina do ciclo da água potável e transformá-la num recurso para fins agrícolas.


“Ver a urina como um recurso natural viável para a agricultura em escala era visto como uma ideia engraçada e excêntrica quando a Toopi começou em 2019”, diz o fundador.

Desde então, no entanto, surgiu um consenso científico sobre os benefícios da separação e reciclagem da urina humana.

Viabilidade econômica

Anuelamente, mais de 200 milhões de litros de "xixi" são despejados em banheiros químicos apenas na Europa.