Mulheres no agro: elas não só podem como já fazem de tudo
Profissionais femininas comandam fazendas, pilotam aviões e protagonizam os próximos passos em todos os elos do setor, apesar dos obstáculos
Elas representam cerca de 11 milhões de trabalhadoras do agro no ano passado, segundo dados do Cepea
A força da mulher está demonstrada pela realidade na sociedade como um todo e cada vez mais. É importante lembrar disso diariamente e esse é o objetivo do Dia Internacional da Mulher.
No agronegócio, por exemplo, elas representaram cerca de 11 milhões de trabalhadoras no ano passado, segundo dados do Cepea, em todos os elos da cadeia.
No setor primário “Dentro da Porteira”, por exemplo, as profissionais femininas somam 4,5 milhões e respondem por 33% da força de trabalho.
Além disso, segundo o último Censo Agropecuário do IBGE, eles comandam cerca de 1 milhão de propriedades no Brasil.
E não são apenas números, mas mulheres, como as gaúchas Lieli e Luci.
Em 1 mil hectares, no município de Bagé (RS), Lieli Borges Pereira trabalha com gado de corte e plantio de soja. Com a morte prematura do pai, a pecuarista assumiu a gestão da propriedade, saindo da cidade para a fazenda. Situações como essa não são incomuns.
Por sua vez, Lucy Araújo de Armas cria gado de corte e ovinos em uma propriedade de 10 hectares no município de Jaguarão (RS). A pequena produtora atua na criação e comercialização de cordeiros.
Pioneirismo
Já no setor dos agrosserviços, são outras 4,3 milhões ou 43% do total que inclui logística, comunicação, transporte, crédito, consultorias, operações e tantos outras atividades relacionadas ao setor.
É o caso, por exemplo, da Mônica Pinto, gerente de projetos da ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café). Ela lidera o comitê de Mulheres do Café que visa, justamente, tornar o setor mais equitativo e inclusivo.