Lula fala em “irresponsabilidade de todo mundo” e promete mais recursos à Embrapa

Já Carlos Fávaro garantiu que não haverá terceirização de cargos de pesquisa

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Lula fala em “irresponsabilidade de todo mundo” e promete mais recursos à Embrapa
26deAbrilde2024ás09:25

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu, ontem (dia 25), aumentar os investimentos na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e afirmou que é um "absurdo" e “irresponsabilidade de todo mundo” o órgão ter que paralisar atividades por falta de recursos.

Lula participou da cerimônia de comemoração dos 51 anos da Embrapa e enalteceu o papel dela no desenvolvimento da agricultura nacional, em especial no Cerrado, e prometeu trabalhar para garantir recursos para suprir as necessidades da empresa.

“É uma coisa tão absurda imaginar que um centro de conhecimento como a Embrapa deixe de fazer uma pesquisa porque falta R$ 1 milhão, R$ 2 milhões. Eu diria que é irresponsabilidade de todo mundo”, disse o presidente.

“Se a Embrapa é importante, cabe a nós, do governo, dar à Embrapa o tamanho que ela merece. O que a gente precisa calcular é que cada centavo que a gente coloca na Embrapa retorna para este país  em milhares de reais, que se transformam em dólares e que fazem a gente ser o maior exportador de carne, de soja, de milho, do que quiser”, afirmou.

Atualmente, para cada R$ 1 investido na Embrapa, R$ 21,23 retornam para a sociedade brasileira. Conforme o Balanço Social de 2023, o lucro social da empresa foi de R$ 85,12 bilhões com mais de 66,2 mil novos empregos criados.

Tecnologia

Segundo Lula, a Embrapa é a referência máxima da tecnologia brasileira. Ele defendeu a divulgação das soluções da empresa para a agropecuária em todo o mundo. Ele citou, como exemplo, que as soluções para o Cerrado brasileiro podem ser aproveitadas na Savana africana.

“Há 50 anos, ninguém dava um tostão furado por uma terra no Cerrado. Falavam: ‘essa terra não presta, a árvores nem crescem, elas ficam tortas’. Até que veio a Embrapa com pesquisa e transformou o Cerrado brasileiro numa coisa extraordinária de produção agrícola, fazendo com que o Brasil chegasse ao topo da produção, com pouca gente no mundo capaz de competir com o Brasil”, disse.