Leilão de arroz importado da Conab levanta suspeitas de fraude
Deputado quer abrir CPI pela participação de ex-assessor de secretário do Mapa e possíveis empresas de fachada
|Recém terminado o controverso leilão para compra de arroz importado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e uma série de questionamentos começou a ser feita sobre uma possível falta a lisura no processo.
Realizado após idas e vindas judiciais na última quinta-feira (dia 6), o pleito foi uma determinação do Governo Federal apesar da contrariedade do setor e vendeu 263,3 mil toneladas do produto sob argumento estatal de evitar especulação e inflação neste item da cesta básica.
As dúvidas surgiram pela participação de supostas empresas de fachada e de empresários próximos ao atual secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, no leilão.
Por exemplo, a Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e a Foco Corretora de Grãos são empresas criadas em maio de 2023 por Robson Luiz de Almeida França, ex-assessor do então deputado federal Neri Geller, que também já foi ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
As duas empresas intermediaram a venda de 44% do arroz importado vendido no leilão público. Contudo, segundo reportagem do Globo Rural, as empresas negam qualquer tipo de favorecimento no certame.