Recuperação do agro no RS exigirá tempo e investimentos, avalia Embrapa
Empresa trabalha com o mapeamento dos dados e o levantamento do número de afetados
|A comissão temporária externa que acompanha o enfrentamento da calamidade no Rio Grande do Sul do Senado (CTERS) realizou audiência pública interativa hoje para conhecer o planejamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no apoio à recuperação dos setores agrícola e pecuário gaúchos no estado, afetado pelas enchentes.
A Embrapa ressaltou a necessidade de planejamento estratégico e esforço integrado para a retomada plena da atividade, que deve exigir tempo e investimentos
Presidente em exercício da Embrapa, Clênio Nailto Pillon pediu o apoio do Congresso Nacional, por meio da liberação de emendas da bancada gaúcha, com vistas a estruturar as ações da instituição já desenhadas para o estado.
Segundo o gestor, a empresa está trabalhando com o mapeamento dos dados e o levantamento do número de afetados. Ele chama a atenção, no entanto, para o fato de que a recuperação do estado se dará em um longo prazo.
“Queremos estruturar uma rede robusta de experimentos em campo, adequando estratégias metodológicas, e usar modelos que servirão de base para serem usados nas áreas atingidas. Essa calamidade trouxe um impacto profundo sobre a economia local, e há que se estabelecer um planejamento estratégico, porque as consequências se darão por anos. O Rio Grande do Sul é um estado cuja base da economia vem das atividades agropecuárias e florestais, e esse esforço conjunto se mostra fundamental para a retomada da produtividade”, explicou.
O Rio Grande do Sul é uma importante região agrícola. O estado é a quarta maior economia do país e representa cerca de 6,5% da economia nacional. A produção agropecuária corresponde a 40% do PIB estadual e impulsiona 30% da produção industrial local, o que evidencia a dependência econômica do setor rural.
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