Agro cobra participação no Plano Clima, após “furo” do Ministério do Meio Ambiente

Carta-aberta foi assinada por 12 entidades com críticas construtivas à condução do governo

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Agro cobra participação no Plano Clima, após “furo” do Ministério do Meio Ambiente
05deSetembrode2024ás12:48

Representantes de 12 entidades do agronegócio publicaram, nesta semana, uma carta-aberta dirigida ao Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas na qual cobram participação na elaboração do Plano Clima 2024-2025.

A iniciativa ocorreu após a secretária Nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, não comparecer a uma reunião previamente agendada justamente para ouvir o setor sobre as metas de redução de emissões, desmatamento zero e políticas para efetivação de tais objetivos.

No mesmo dia, ela preferiu participar do seminário de lançamento do FGV Clima, novo centro de pesquisa aplicada da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV ESSP).

A carta foi assinada, em ordem alfabética, por Aline Locks, da Produzindo Certo; André Nassar, da ABIOVE; André Schwening, da GAPES; Cristiano Rodrigues, da AgroSB; Fabiana Alves, do RABOBANK; Fernando Sampaio, da ABIEC; João Adrien, do ItaúBBA; Jose Carlos Fonseca, da EMPAPEL; Luis Roberto Barcelos, da ABRAFRUTAS; Marcello Brito, do Centro Global Agroambiental/FDC; Paulo Hartung, da IBÁ; Pedro de Camargo Neto, pecuarista; e Sergio Bortolozzo, da SRB.

Os signatários lamentaram a ausência de participação na reunião previamente agendada e destacaram o compromisso do agronegócio com a agenda climática, sublinhando que o setor é diretamente impactado pelas mudanças climáticas.

A carta aponta que a produtividade agropecuária está fortemente atrelada ao clima, sendo afetada por eventos climáticos extremos, como secas e temperaturas elevadas, consequências da intensificação do efeito estufa.

Os representantes reforçam que, embora o setor esteja comprometido com a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), é essencial que as metas sejam construídas de maneira transparente e realista, com a devida consideração das especificidades da agricultura brasileira.

Nos preocupa posicionar o setor como parte central do problema ou da solução. Não podemos perder de vista os combustíveis fósseis como o principal desafio a ser combatido”, citam.