Greening avança e chega a 44% do cinturão citrícola de SP e Triângulo Mineiro

Este é o sétimo ano consecutivo de crescimento da pior doença da citricultura mundial

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Greening avança e chega a 44% do cinturão citrícola de SP e Triângulo Mineiro
06deSetembrode2024ás14:37

A presença de greening (huanglongbing/HLB), praga que atinge plantações de laranja e de outros cítricos e é considerada pior doença da citricultura mundial, avança no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro.

Segundo o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), a doença subiu de 38,06% em 2023, para 44,35% em 2024 nos pomares de São Paulo e Minas.

Este é o sétimo ano consecutivo de crescimento da doença. A incidência corresponde a aproximadamente 90,36 milhões de árvores afetadas. No total, são 203,74 milhões de laranjeiras em todo o parque citrícola.

Segundo o Fundecitrus, o avanço da doença é reflexo do maior registro histórico populacional do inseto que transmite a doença ocorrida ainda em 2023, quando a média de captura por armadilha aumentou 54% em relação a 2022.

“Por outro lado, mesmo com a alta, o incremento de 6,29 pontos percentuais na incidência neste ano foi significativamente menor do que o aumento de 13,66 pontos de 2022 para 2023”, explica.

De acordo com o levantamento, isso é um bom indicativo de desaceleração da velocidade de evolução da doença, mas o cenário ainda é de preocupação e continua exigindo dos citricultores a adoção de medidas eficazes para a mitigação da doença nos pomares, principalmente com o controle adequado do psilídeo e eliminação de plantas doentes.

“O avanço do greening é uma realidade no nosso parque citrícola há sete anos. Isso não mudou. Os citricultores e profissionais do setor, que estão no dia a dia do pomar, precisam dar sequência ao trabalho que vem sendo feito para a mitigação da doença e o controle eficaz do psilídeo", diz o gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres.

"Nessa batalha contra a pior doença da citricultura, não há espaço para relaxamento. Todas as diretrizes oferecidas pelo Fundecitrus devem continuar sendo implementadas em todo o cinturão”, completa..

 

Fatores relacionados à desaceleração

Um dos possíveis fatores relacionados à desaceleração da velocidade de evolução da doença, de um ano para outro, é que em boa parte do segundo semestre de 2023 e início de 2024, as temperaturas foram mais altas do que o normal em todo o cinturão citrícola.

Nas regiões Norte e Noroeste, onde a doença estava em baixa incidência em 2023, foi registrado um número maior de dias nos quais as temperaturas máximas foram superiores a 35 °C.